A IGREJA ESTATAL

A IGREJA ESTATAL Constantino, imperador, governou de 306 a 337 DC. Conhecido por seu papel na conversão do Império Romano ao cristianismo, teve em 312 dC, uma visão e viu uma cruz no céu e ouviu "Por este sinal, você vencerá". Ele interpretou isso como sinal de Deus e mandou pintar a cruz nos escudos de seus soldados. No dia seguinte, venceu uma batalha decisiva contra seu rival, Maxêncio e atribuiu sua vitória ao Deus cristão. Constantino começou a favorecer o cristianismo e tomou medidas para apoiar a Igreja. Emitiu o Édito de Milão em 313 DC e concedeu tolerância legal aos cristãos. Também convocou o Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia em 325 DC, reunião de bispos cristãos de todo o império, que resultou no Credo Niceno. Sua conversão ao cristianismo e seu apoio à Igreja impactaram o desenvolvimento do cristianismo e a difusão da religião pelo Império. No entanto, este casamento divide opiniões. Há os que afirmam que a igreja, pelo apoio imperial, pôde se propagar pelo império, sem o que seria dizimada. Do outro lado, há os que afirmam que este casamento tirou a igreja da pureza e seriedade teológica, prestando-se ao jogo político. A igreja se encaminhou para ser uma igreja estatal que é uma organização religiosa formalmente estabelecida e apoiada por um governo, e que é reconhecida como a religião oficial do estado. Esta relação pode variar amplamente, ao ponto da Igreja se converter em um Estado (Vaticano), e cometendo injustiças mil, especialmente na Idade Média e nas Cruzadas. A tal ponto chegou esta relação que ser bispo era sinal de poder político e religioso e muitos compravam seus bispados (simonia). A Igreja vaticânica entronizava e destronava reis. Porque cobrava impostos pesados via côngruas, óbulos, dízimos e outros mecanismos, ostentava luxo perdulário. Os papas e bispos viviam vidas dissolutas e sabe-se que prostíbulos eram sustentados com as frequências assíduas de clérigos. A própria corte papal era dissoluta, tal como o foi no período dos Bórgia e se inventou o termo “pornocracia” para caracterizar vários papados da Idade Média. Ela é conhecida pelos papas jovens, alçados ao poder por nobres influentes, que se comportavam sem moral e no centro está a nobre chamada Marosia. Aos 15 anos, Marosia foi vendida por sua mãe como amante ao papa Sérgio III (papa entre 904 e 911), que tinha 45 anos. Tiveram um filho que em 931 se tornou o papa João XI. Histórias assemelhadas há em abundância. A Igreja estatal vaticânica medieval é exemplo de dissolução e promiscuidade e alerta para as igrejas estatais e tentativas de se estabelecer teocracias. Marcos Inhauser

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