JESUS E A CORRUPÇÃO

JESUS E A CORRUPÇÃO Algo que havia em abundância quando Jesus viveu em Israel era corrupção. Ela estava por todos os lados. Os coletores de impostos eram judeus e figuras impopulares, pois faziam o serviço de ajudar o Império a subjugar o povo. Vistos como colaboradores dos romanos, eram acusados de serem desonestos e corruptos. Muitos eram ricos porque tinham ganho pessoal com as cobranças que faziam. O quadro era generalizado. No que pese isso, a abordagem jesuânica foi diferente da que os moralistas e pretensamente éticos (fariseus) defendem. Jesus foi à casa de Zaqueu e ceou com ele e escolheu outro coletor para ser um de seus discípulos: Mateus. Se Jesus tinha todo o poder nas mãos e poderia ter acabado com a invasão imperial e a corrupção, por que Jesus teve este comportamento leniente? Isto significa que ele concordava com o que estava acontecendo? Ele apoiava o domínio romano e a corrupção dos coletores? O fato de não tomar uma posição drástica significa apoio? O que se deve considerar é que ele, sim, teve uma atuação frente à corrupção dos coletores. Tanto Mateus como Zaqueu mudaram seus comportamentos após o encontro com Jesus. Quando foi alertado de que Herodes queria matá-lo, foi profético: “Ide e dizei a essa raposa: Eis que expulso demônios”. Diante de Pilatos foi incisivo: “nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fora dado”. A política de enfrentamento de Jesus era converter as pessoas e denunciar os poderosos. Não usou armas para se defender, não fugiu de madrugada para escapar da prisão e morte. Ele sabia que o seu caminho passava pelo sofrimento, traição, prisão, morte e ressurreição. Mais de dois mil anos depois ele é cultuado. Pilatos, aquele que se achava “o poderoso”, é execrado até hoje. Marcos Inhauser

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