O RENASCIMENTO
O RENASCIMENTO
A Reforma foi o maior conflito eclesiástico dos séculos XV e XVI. Isso aconteceu com as contribuições do nominalismo: a separação de ideias entre Igreja e Estado; dissociação da educação religiosa; a forma de entender o mundo secular; o significado da justificação pela fé; intervenção divina; o começo da salvação; a capacidade do homem de intervir sem um mediador para seus pecados.
Como o cristianismo havia se unido ao poder imperial e em apoio à proposta política do império (casamento Igreja/Estado no período de Constantino), divergir era questionar a tradição e a unidade conquistadas durante séculos, através de muitas lutas, mártires e acordos. A base da igreja medieval era o aristotelismo cristianizado de Tomás de Aquino, e quem se opusesse ao sistema tomista de verdades estava sujeito à excomunhão, confisco de bens, exílio e até pena de morte Inquisição era o método). A Inquisição atingiu seu auge em 1232 com Frederico II. O Papa Gregório IX, preocupado com as ambições políticas e religiosas dos Divergentes e até dos Católicos, encarregou Frederico II de assumir a tarefa inquisitorial.
A novidade profunda e decisiva do humanismo renascentista é que, diante das representações espetaculares do futuro em termos de escatologia cristã, se decide voltar ao estudo da antiguidade e passar a ver o futuro em termos profanos e mundanos, isto é, um retorno à velha virtude moral.
Deve-se levar em conta a crise do cristianismo medieval e o desaparecimento do Império Romano, a barbárie cultural, com o declínio do latim, o desaparecimento da cultura antiga. A cultura universitária baseada no nominalismo, averroísmo e naturalismo também surgiu na concepção do ser humano e na escuridão da cultura escolar.
No humanismo há um exercício cultural, um olhar para a história dominado pela presença da antiguidade. É uma visão do passado, uma busca pelo original, na crença de que a verdade e as virtudes estão na origem das coisas.
A Reforma Protestante é essa busca pelas origens do cristianismo, valorizando os relatos evangélicos e tentando reviver o que foi perdido. Para os Reformadores, a Igreja havia sido corrompida com a participação de Constantino e outros imperadores na vida e decisões. A pureza da Igreja existiu até o período dos Pais Apostólicos.
Somente no início do século XVI tornou-se possível purificar e reformar por meio de Lutero, com a proposta de restauração da pureza antiga. Nessa tarefa, os reformadores dedicaram-se ao estudo das línguas originais (hebraico e grego), ao estudo da Bíblia, e Lutero fez questão de traduzi-la para o alemão.
Marcos Inhauser
Comentarios
Publicar un comentario